Obras analisadas

 1ª Parte - Brasão

 

O dos Castelos

 

Ulisses

  • O mito é uma história exemplar e simbólica, reveladora de profundas intuições; testemunha uma realidade intemporal. Ulisses é o lendário herói de aventuras sobretudo marítimas, terá segundo o mito, aportado no rio Tejo e aí fundado uma cidade com o seu nome Olisipo (Lisboa);
  • O poema está estruturado na base de antíteses:

O mito

O Sol

Ulisses

Nada/Tudo

Corpo de Deus morto/Vivo e desnudo

Por não ser/Foi existindo Sem existir/nos bastou Por não ter vindo/Foi vindo

  • O mito é nada porque não pertence ao mundo visível, permanecendo oculto; é tudo porque manifesta as suas capacidades criadoras quando desvendado
  • A alternância de tempos verbais tem a sua justificação na sequência de ideias.

 

D.Dinis

  • D. Dinis é caracterizado como poeta e como lavrador. Como poeta, é visionário; Como lavrador, age impulsionado pelo futuro;
  • O poema centra-se no futuro, “naus a haver”; “som presente desse mar futuro”;
  • Os verbos encontram-se no presente caracterizados pelo seu aspecto durativo.

 

D. Sebastião, Rei de Portugal

  • O sujeito do enunciado é a própria personagem;
  • O traço com que o sujeito poético se autocaracteriza é a loucura, como sinónimo de ideal, grandeza, sonho capaz de enfrentar os obstáculos;
  • É uma referência ao mito do Sebastianismo, força criadora, capaz de impedir a nação para a sua ultima fase.

 

D. João o Primeiro

 

D. Filipa de Lencastre

 

D. Fernando, Infante de Portugal

 

 2ª Parte - Mar Português

 

O Horizonte

 

O Infante 

  • O poeta usou o substantivo “homem” para conferir um valor universal à afirmação. Aliás, os verbos no presente do indicativo confirmam essa intenção;
  • A missão para a qual se escolheu o Infante foi para unir a terra e o Mar. O Infante é o símbolo nacional criado por Deus;
  • O percurso do poema é do geral para o particular e do particular para o colectivo;
  • Na terceira estrofe, verifica-se a dinâmica da tese, antítese e síntese. Tese, a epopeia marítima foi realizada por vontade de Deus e dos Portugueses, Antítese, “o império se desfez” (decadência), Síntese, “falta cumprir-se Portugal” (nova acção para Deus e para o Homem português para uma nova epopeia, a ultima fase de Portugal, o Quinto Império).

 

Mar Português

  • A primeira estrofe é marcadamente épica e dramática. É uma estrofe circular começando e terminando com uma apóstrofe ao mar;
  • A segunda estrofe é reflexiva, sendo uma consequência do assunto apresentado na primeira, o mar, desgraça e gloria o povo português;
  • Os recursos expressivos dos planos fónico, morfossintáctico e semântico conjugam-se harmoniosamente para realizar toda a mensagem transmitir;
  • É de notar a que o simbolismo do céu é neste contexto a realização do sonho e da glória. O mar espelha o céu, quem conquistar o mar, conquista o céu.

 

3ª Parte - O Encoberto

 

Quinto Império

  • Nas duas primeiras estrofes, o Poeta faz a apologia do sonho, que evita a mediocridade de viver e favorece a grandeza da alma, que possibilita os grandes feitos;
  • Na 3ª estrofe, reflectindo sobre a história, a passagem do tempo, volta a salientar que a insatisfação constante é o motor do impulso que conduz à felicidade, entendida como uma vida plenamente realizada;
  • O Quinto Império é uma influência clara da Bíblia sobre Fernndo Pessoa, D. Sebastião simboliza Cristo, morto e ressuscitado.

 

Nevoeiro

  • O Poeta caracteriza nas duas primeiras estrofes, a situação de Portugal, uma nação em crise politica, de identidade, de valores e de unidade;
  • A expressão do estado do país é caracterizada por palavras de sentido negativo, repetições anafóricas, oximoros, comparação e sons nasais;
  • O substantivo “nevoeiro” tem um duplo sentido, escuridão e noite, por um lado e, por outro, a esperança ligada à lenda da vinda de D. Sebastião
  • A expressão “Valete Frates.” É utilizada como um grito de felicidade e um apelo para que todos lutem por um Novo Portugal.