2º Período
15/01/2013
Tarefas 10 e 11:
- Reflexão do significado de "Liberdade"
A liberdade é a senção de estar livre e não depender de ninguém. É também um conjunto de ideias liberais e dos direitos de cada cidadão.
Cada um de nos tem todo o direito de ter a sua liberdade, desde que as suas atitudes não desrespeitem ninguém e não passem por cima dos princípios éticos e legais.
A liberdade garante o respeito pela vontade de cada um e implica que cada individuo se deve responsabilizar pelos seus atos. Há a liberdade absoluta que dá origem a descontrolos sociais. Por exemplo: uma pessoa pode fazer uso da sua liberdade e abrir em negócio, como uma atividade comercial. A pessoa não esta autorizada a vender produtos ilegais e terá de pagar impostos. Embora sejam obrigações acima da vontade do individuo, não atentam contra a sua liberdade. Ou seja a liberdade absoluta propriamente dita não existe.
A liberdade individual, por outro lado, deve ser protegida pelo Estado. Ninguém tem o direito de limitar a liberdade de outro individuo; caso contrário as autoridades competentes deverão tomar as devidas providências necessárias para castigar o responsável.
Em suma, a essência da liberdade, jamais poderá ser afetada, uma vez que ela existe dentro de cada pessoa, para pensar ou sentir.
- Resumo do documentário "Os Lusíadas"
Na reportagem, é exibida a vida e obra de Camões, contexto económico e social (séc. XVI, época dos descobrimentos e da Santa Inquisição). Os registos biográficos são escassos. Subsistem dúvidas quanto à data do nascimento. Pertenceria à fidalguia, com poupados recursos financeiros. Alguma insubordinação (perdeu uma vista numa luta). Ocupava-se da feitura de versos por encomenda. Morreu a 10 de Junho de 1580, mereceu sepultura em vala comum.
Estes factos, contrastam com a grandeza do seu contributo para a construção da identidade nacional e símbolo em que se transformou. Foi instaurado feriado nacional a 10 de Junho (aniversário da morte). Em “Os Lusíadas” (1572), recorre à epopeia, narra em 10 cantos, a viagem dos Portugueses para a India. Convertendo-se em observador participante, “concilia os feitos das armas e a escrita”. Narra factos históricos: velho do Restelo, representa a opinião contra os descobrimentos; chegada à India - relação com o mundo (globalização da época), encontro de culturas/outras raças.
Imortalizou um povo, levou a sua língua além-fronteiras. A obra foi publicada em Espanha. Brasil e China, adotam-na como objeto de estudo.
29-01-2013
Tarefa 12
78
Um ramo na mão tinha... Mas, ó cego,
Eu, que cometo, insano e temerário,
Sem vós, Ninfas do Tejo e do Mondego,
Por caminho tão árduo, longo e vário!
Vosso favor invoco, que navego
Por alto mar, com vento tão contrário
Que, se não me ajudais, hei grande medo
Que o meu fraco batel se alague cedo.
79
Olhai que há tanto tempo que, cantando
O vosso Tejo e os vossos Lusitanos,
A Fortuna me traz peregrinando,
Novos trabalhos vendo e novos danos:
Agora o mar, agora experimentando
Os perigos Mavórcios inumanos,
Qual Cánace, que à morte se condena,
Nũa mão sempre a espada e noutra a pena;
80
Agora, com pobreza avorrecida,
Por hospícios alheios degradado;
Agora, da esperança já adquirida,
De novo mais que nunca derribado;
Agora às costas escapando a vida,
Que dum fio pendia tão delgado
Que não menos milagre foi salvar-se
Que pera o Rei Judaico acrecentar-se.
81
E ainda, Ninfas minhas, não bastava
Que tamanhas misérias me cercassem,
Senão que aqueles que eu cantando andava
Tal prémio de meus versos me tornassem:
A troco dos descansos que esperava,
Das capelas de louro que me honrassem,
Trabalhos nunca usados me inventaram,
Com que em tão duro estado me deitaram.
82
Vede, Ninfas, que engenhos de senhores
O vosso Tejo cria valerosos,
Que assi sabem prezar, com tais favores,
A quem os faz, cantando, gloriosos!
Que exemplos a futuros escritores,
Pera espertar engenhos curiosos,
Pera porem as cousas em memória
Que merecerem ter eterna glória!
Os Lusíadas, Canto VII
O texto pertence a uma das invocações d’ Os Lusíadas.
1- Releia a estância 78. Identifique os elementos do discurso que, nesta estância, constituem marcas de invocação.
Os elementos do discurso patentes na estância 78, que constituem marcas de invocação são: “Sem Vós Ninfas do Tejo e do Mondego” (v.3), “Vosso favor invoco…” (v.5) e “Que se não me ajudais…” (v.7).
2- Baseando-se no texto, refira cinco aspetos marcantes da caracterização que o sujeito poético faz da sua vida.
Os aspetos marcantes da caraterização que o sujeito poético faz da sua vida são:” …insano e temerário” (v.2), o fato de ser aventureiro; “ A Fortuna me traz peregrinando” (v.11), mostra falta de sorte, destino incerto; “…com a pobreza avorrecida” (v.17); “Agora, da esperança já adquirida...”(v.19), o fato das desilusões ao longo da vida e “A troco dos descansos que esperava,/ Das capelas de louro que me lourassem,/ Trabalhos nunca usados me inventaram,/ Com quem em tão dura estado deitaram”( vv.29-32), mostra o não reconhecimento do seu mérito.
3- Explicite um dos valores expressivos da anáfora “Agora” (vv. 13, 17, 19 e 21).
A anáfora” Agora”, realça os aspetos que vão marcando o seu percurso de vida.
4- Atente na estância 82. Analise a crítica social e política expressa nessa oitava.
O autor na oitava da estância 82, expressa um sentimento de injustiça já que vivia em plena Época dos descobrimentos e da Santa Inquisição Religiosa, a sua escrita não era aceite nem valorizada quer quando expressava os próprios sentimentos quer enquanto narrava os feitos dos Portugueses.
07-02-2013
Tarefa 14
“Os Lusíadas suscitam reações contraditórias. São, por um lado, uma obra laboriosa e árdua de ler – e, por outro, um deleite, para dizer como Tétis ao Gama.”
Fernando Gil e Helder Macedo, Viagens do olhar
Partindo do juízo expresso na afirmação acima transcrita, descreva, num texto de 70 a 130 palavras, a sua reação de leitor relativamente a Os Lusíadas.
De facto, não é fácil para um leitor comum perceber e interpretar esta obra. A primeira reação estranha encontra-se na ortografia. A forma de escrever e vocabulário da época, são muito diferentes dos atuais. Depois, o autor concilia a narração dos feitos de um povo, num determinado período da sua história (séc. XVI, e a viagem dos Portugueses para a India, na época dos descobrimentos) com a narração da sua própria história de vida, os seus sentimentos, emoções, encontros e desencontros. Assim, a aproximação e perceção da forma de escrita do autor só é possível com a ajuda de especialistas que se dedicaram ao seu estudo como por exemplo, historiadores e professores de língua portuguesa.
06-03-2013
Tarefa 13
O mostrengo
O mostrengo que está no fim do mar
Na noite de breu ergueu-se a voar;
À roda da nau voou três vezes,
Voou três vezes a chiar,
E disse: «Quem é que ousou entrar
Nas minhas cavernas que não desvendo,
Meus tectos negros do fim do mundo?»
E o homem do leme disse, tremendo:
«El-rei D. João Segundo!»
«De quem são as velas onde me roço?
De quem as quilhas que vejo e ouço?»
Disse o mostrengo, e rodou três vezes,
Três vezes rodou imundo e grosso.
«Quem vem poder o que só eu posso,
Que moro onde nunca ninguém me visse
E escorro os medos do mar sem fundo?»
E o homem do leme tremeu, e disse:
«El-rei D. João Segundo!»
Três vezes do leme as mãos ergueu,
Três vezes ao leme as reprendeu,
E disse no fim de tremer três vezes:
«Aqui ao leme sou mais do que eu:
Sou um povo que quer o mar que é teu;
E mais que o mostrengo, que me a alma teme
E roda nas trevas do fim do mundo,
Manda a vontade, que me ata ao leme,
D' El-rei D. João Segundo!»
1) Identifique o mito presente no poema e mostre as expressões com que é caracterizado.
2) Integre este poema na estrutura formal da Mensagem e justifique a sua resposta.
3) Faça referência ao valor simbólico do Mostrengo, confrontando-o com o episódio do gigante
Adamastor em Os Lusíadas.
4) Faça o levantamento de, pelo menos, quatro recursos estilísticos presentes e refira-se à sua expressividade.
5) O que representará o “homem do leme” neste poema?
6) Refira-se ao valor simbólico do número três.
1) O mito presente no poema é a figura do mostrengo. As expressões que o caraterizam são: “…ergue-se a voar” v.2, “…voou três vezes”v.3 e “Três vezes rodou imundo e grosso”v.13
2) O poema anterior pertence à segunda parte da “Mensagem” (Mar Português), pois é nesta parte que os portugueses se exaltam e mostram a sua força.
3) Tanto na Mensagem como nos Lusíadas a figura depara-se no cabo das Tormentas. O “Mostrengo”, simboliza por um lado, o pavor que os Portugueses continham e por outro lado, a força em encarar tudo e todos.
4) Neste poema, os recursos estilísticos patentes são: a repetição (“El- Rei D. João Segundo”); a anáfora (“Três vezes”); a hipérbole ( “No fim do mar”) e adjetivação( “Tectos negros”)
5) O “Homem do Leme” representa o herói mítico, a força não só do rei nem de todos os Portugueses mas também dos marinheiros.
6) O número três simboliza a unidade, a totalidade.
06-03-2013
Tarefa 15
Comenta a afirmação:
O sebastianismo é abordado por Fernando Pessoa como mito que exprime o drama de um país moribundo "à beira mágoa", a necessitar de acreditar de novo nas suas capacidades e nos valores que antigamente lhe permitiram a conquista dos mares e a sua afirmação no mundo.
Produz um discurso com um mínimo de 80 e um máximo de 100 palavras.
Na obra “Mensagem”, Fernando Pessoa utiliza o mito do sebastianismo, também intitulado de mito sebástico ou do Encoberto, este conta a história do desaparecimento de D. Sebastião na batalha de Alcácer Quibir, deixando o povo português completamente humilhado, sem fé nas suas capacidades e valores com que tinha sido construída a nossa nação, estes factos culminaram com a perda da independência.
O autor utilizou D. Sebastião para formar o Quinto Império, tentando dar forças ao povo português, que revendo-se na figura do Desejado tinha que devolver o orgulho, os valores e dignidade à Nação.
Concluindo, a utilização do sebastianismo pretende devolver a força, a esperança e o orgulho aos portugueses para voltarem a formar o império que fomos outrora.
07-03-2013
Tarefa 16
Mensagem, enquanto poema épico-lírico, rivaliza com o canto épico da Literatura Portuguesa - Os Lusíadas de Luís de Camões.
Com base nas palavras transcritas, redija, para cada um dos seguintes tópicos, um parágrafo, com um mínimo de 80 palavras e um máximo de 100, que pudesse ser inserido na internet sobre o papel de Portugal na civilização:
- a epopeia marítima;
- o Quinto Império.
Epopeia Marítima
A obra Lusíadas narra a viagem de Vasco da Gama à India, assistimos à exaltação de um passado glorioso entre o Ocidente e o Oriente e dos feitos dos portugueses, que levaram a nossa nação a ser a maior Nação mundial, titulo conquistado devido aos feitos dos portugueses, que são sobejamente glorificados n’ Os Lusíadas de Luís de Camões.
Quinto Império
Na terceira parte da obra Mensagem, de Fernando Pessoa, é-nos descrito um Portugal que se encontra absolutamente perdido, moribundo, o povo perdeu os valores e as forças, é na tentativa de voltar a tornar o país numa grande nação que o autor cria o Quinto Império, para que através dele o povo recupere e voltemos a ser
uma grande Nação.